Mídia
Champagne na Copa
Ao mesmo tempo em que comemoram a escolha, pela Fifa, de um rótulo gaúcho, o Faces, da vinícola Lídio Carraro, como o vinho da Copa do Mundo de 2014, vitivinicultores do Estado lamentam que a entidade tenha escolhido o champagne (francês, claro) como bebida oficial das comemorações. O descontentamento se justifica: o espumante é considerado, por especialistas, o melhor tipo de vinho elaborado no Brasil, com muitas medalhas conquistadas em concursos internacionais. Não faz feio perto de bons cavas espanhóis, de espumantes italianos, e até de muitos champagnes. O clima úmido e frio da Serra confere a uvas chardonnay, riesling e pinot noir a acidez que garante o frescor e a vivacidade tão apreciados no espumante brasileiro. A Copa do Mundo seria uma vitrine para promoção da bebida. Se a qualidade não é problema, deduz-se que a Fifa teve razões comerciais para optar pelo champagne.
Lidio Carraro
20/06/2014 Correio Braziliense
Esta coluna não se cansa de lembrar: foi uma empresa familiar gaúcha, a Lidio Carraro, no estilo vinícola-boutique, com produção de apenas 300 mil garrafas/ano.