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Press releases

18/05/2016

Cruz Alta abre o Calendário Oficial e sedia a primeira edição de 2016 do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio

Entrada franca

O primeiro tema vai ser abordado por Steinmetz, que propõe avaliar as possíveis medidas a serem utilizadas na agricultura para diminuir ações negativas do clima. “Mas, como se vê, também há efeitos positivos, e é possível maximizá-los”, destaca o especialista que é Doutor em Ciências da água e desenvolvimento pela Universidade de Montpellier, e Mestre em Agrometeorologia na Universidade de Nebraska (USA). Steinmetz explica que o frio sempre foi considerado como um problema crítico no cultivo de arroz, sobretudo na etapa de floração. “Portanto, o aumento das temperaturas mínimas que vem ocorrendo, principalmente no verão, é uma vantagem para a cultura do arroz.”

Durante sua fala, o pesquisador irá analisar as características do clima em todo o Rio Grande do Sul – com ênfase para a Região do Planalto Médio (composta por nove municípios, incluindo Cruz Alta) – apontando as principais influências dos fenômenos La Ninã e El Nino (Enos) no resultado do setor agrícola. “Em anos onde a influência é do La Ninã (com chuvas na primavera e outono) ocorrem atrasos da semeadura de algumas culturas, como arroz, soja e milho, que interferem em algumas situações, como a colheita da soja que está encerrando agora, principalmente na Zona Sul do Estado.”

A produtividade também é afetada negativamente quando as chuvas se concentram com grande intensidade em determinados períodos, causando problemas de instalação da lavoura como ocorreu na safra passada, completa Steinmetz. Ele sinaliza que as previsões apontam para a perspectiva de um aumento do volume da chuva acima da média histórica ao longo dos anos na Região Sul do Brasil. “Por outro lado, têm-se observado nos últimos anos o aumento da variabilidade climática, com extremos: o que resulta em anos muito chuvosos ou muito secos, ou de muito frio ou muito calor.” Em caso de aumento de chuvas, se bem distribuídas, as águas podem favorecer as culturas de sequeiro, pondera Steinmetz.

Produtores devem ficar atentos à chegada da Mosca Branca no Estado

Se por um lado o agricultor não pode evitar as variações climáticas, ficando limitado a adaptar culturas aos efeitos do frio, do calor, das secas ou das chuvas; por outro, é fundamental que fique atento ao monitoramento das lavouras, evitando o surto de determinadas espécies nocivas. Neste sentido, o professor e pesquisador da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Marco Antonio Tamai, faz um alerta: “A Mosca Branca, ou Bemisia tabaci (Gennadius) é uma das pragas mais devastadoras de soja, feijão, algodão e diversas hortaliças e ornamentais no País – e pode estar chegando ao Rio Grande do Sul.”

Mestre e Doutor em Entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ/USP), Tamai será o palestrante do painel Controle da Mosca Branca – Uma Nova Praga no RS, onde deve explicar como o ataque deste inseto compromete a produtividade das culturas por meio do depauperamento da planta e transmissão de doenças viróticas, além de aumentar os custos do agricultor pela elevação dos gastos com inseticidas. “As perdas causadas pela praga são muito dependentes do cultivar, sendo os mais sensíveis podendo sofrer redução entre 28,1% a 39,0% na produção”, informa o especialista.

Segundo Tamai, quanto mais tarde se iniciar o controle da lavoura, pior. “O uso de produtos com ação sobre ninfas e ovos, como os reguladores de crescimento e análogos do hormônio juvenil, em associação ou rotação com os tradicionais adulticidas são mais indicados, tornando a contenção mais eficiente e contribuindo para que a evolução da resistência aos inseticidas seja mais lenta”, ensina.

O especialista detalha ainda que o monitoramento da lavoura deve ser iniciado logo após a germinação das plantas de soja, e o controle químico deve ser realizado com populações baixas da praga. “Isso porque a presença de fumagina nas folhas é uma evidência de que a presença deste inseto atingiu níveis muito elevados, e para a maioria dos cultivares já ocorreu comprometimento na produtividade”, explica Tamai.

“Os dois temas deste próximo evento são muito relevantes para o agricultor”, avalia o presidente da Simbiose, Marcelo de Godoy Oliveira, destacando que é preciso constantemente propiciar informações seguras e de qualidade como forma de ajudar na tomada de decisões dos gestores do agronegócio. “Cruz Alta é um grande e importante polo produtor no Rio Grande do Sul, e oportunizar informações como estas na nossa região, com a qualidade dos profissionais que estarão apresentando as palestras, será de fundamental importância para a cadeia produtiva se antecipar no seu planejamento anual.”

Circuito já percorreu 11 macrorregiões do Estado, desde 2014

presidente do I-UMA, José Américo da Silva destaca que esta é a terceira vez que o Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio chega à Cruz Alta. O dirigente afirma que a escolha dos destinos está vinculada à representatividade da cadeia produtiva, inclusive na área científica. “Desde 2014, quando iniciamos a  primeira edição do circuito, já percorremos 11 macrorregiões, abrangendo 270 municípios sempre buscando dar ênfase às peculiaridades dos lugares por onde passamos”, pontua Silva.

Nesta primeira etapa de 2016, o Circuito irá passar por cinco macrorregiões, abrangendo mais de 200 municípios. “A escolha dos temas também tem peso na relevância para o setor. Sabemos, por exemplo, que a mitigação do clima com reflexo no agronegócio irá interferir inclusive na orientação de novos produtos.” Silva exemplifica o resultado das mudanças climáticas, ao citar uma nova realidade no Estado: “As plantações de cana, antes inimagináveis. No entanto, passaram a ocorrer pela mitigação do clima e por uma nova oportunidade de negócio que é o biocombustível.”

Silva defende a capacitação, cultura e pesquisa de todos os elos da cadeia produtiva do agronegócio, a fim de qualificar produtores rurais, profissionais e instituições através da educação especializada. No Rio Grande do Sul, o setor contribuiu para que a economia gaúcha tivesse um desempenho melhor que o nacional, em 2015, devido à sua taxa de crescimento (de 13,6%) acumulado no ano. “Se não fosse a agricultura, que deu uma contribuição positiva de 1,2%, a queda do PIB gaúcho, que ficou em -3,4%, poderia ter sido em torno de 4,5%”, declara o presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Igor Morais.   

Também as exportações do agronegócio têm ganhado impulso. Tendo movimentado US$ 8,35 bilhões em março de 2016, as vendas externas do setor cresceram 5,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “O resultado da nossa economia – não só do Estado, mas do País – depende extraordinariamente do agronegócio”, ressalta o presidente do I-UMA. “Por isso é tão importante divulgar resultados sobre pesquisas e estudos que propiciem a defesa no controle de pragas, e até de mutações das sementes”, defende o presidente do I-Uma.

 SERVIÇO

O QUE: 1ª etapa do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio 2016

QUANDO: Dia 07 de junho, das 14h às 17h

ONDE:  Centro de Eventos CCGL – Rodovia RS 342, Km 149 - Cruz Alta/RS.

CREDENCIAMENTO: 13h30min

INFORMAÇÕES:  (51) 3224-6111 ou agrocircuito@i-uma.edu.br

ENTRADA FRANCA

PROGRAMAÇÃO

PAINÉIS TEMÁTICOS 

O Impacto das Variações Climáticas na Produtividade Agrícola  Palestrante: Silvio Steinmetz, Doutor em Ciências da água e desenvolvimento pela Universidade de Montpellier, Mestre em Agrometeorologia na Universidade de Nebraska (USA), Pesquisador e Coordenador do Laboratório de Agrometeorologia Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.

Controle da Mosca Branca – Uma Nova Praga no RS

Palestrante: Marco Antonio Tamai, Mestre e Doutor em Entomologia pela Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz (ESALQ/USP), Professor e Pesquisador da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

APRESENTAÇÕES INSTITUCIONAIS

CCGL

Caio Vianna, presidente da CCGL

SIMBIOSE

Marcelo De Godoy Oliveira, presidente da Simbiose


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