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10/11/2015 Zero Hora

Mostra itinerante Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural apresenta obras regionais na Fundação Iberê Camargo


De 7 de novembro a 21 de fevereiro de 2016, 13 obras nacionais representativas que perpassam os últimos 40 anos do videoarte, serão exibidas na mostra itinerante Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre. Os trabalhos compõem um recorte do acervo do instituto para o gênero, sob a curadoria de Roberto Moreira S. Cruz.

A mostra já passou pelas cidades de Curitiba, Brasília, Recife, Belo Horizonte e Belém. Para esta edição em Porto Alegre, além de levar uma das mais recentes aquisições do acervo Triunfo Hermético, produzida pelo artista plástico Rubens Gerchman em 1972, o destaque fica por conta da produção recente com nomes expressivos de quatro artistas gaúchos ou residentes no Sul do país, indicados por Agnaldo Farias, consultor convidado pela Fundação Iberê Camargo. São exibidos Alpen projekt 2, realizado em 2012 por Marina Camargo;  Tempo, de Isabel Ramil, de 2013; Fundos, do mesmo ano, de autoria do gaúcho Eduardo Montelli e Leme dos Ventos, produzido em 2012 por Letícia Ramos, que é projetado em uma caixa de madeira.

Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural ocupa o terceiro e o quarto andares da Fundação Iberê Camargo. No quarto andar, estão as produções que propõem resgatar a importância da produção pioneira de audiovisual, trazendo à tona a força inventiva de filmes e vídeos históricos do acervo. Neste espaço estão trabalhos das décadas de 1970 e 1980, em VHS, Super 8, 16 mm e portapack, recuperadas e remasterizadas, de Nelson Leirner, Letícia Parente, Regina Silveira, Rubens Gerchman e Anna Bella Geiger. “Os próprios autores haviam esquecido de grande parte desse material, como Homenagem a Steinberg – Variações sobre um tema de Steinberg: As Máscaras Nº 1, obra de Nelson Leirner, que estava perdida em sua casa e fizemos o restauro e a remasterizacão”, conta Roberto Moreira S. Cruz.

Conforme explica o curador, essa foi uma fase difícil para os artistas por não existir um mercado que pudesse dar visibilidade a este tipo de produção, em primeiro lugar. Também porque o cenário cultural brasileiro estava fortemente submetido à censura imposta pelo regime militar. “Os filmes e vídeos mais originais e inventivos, realizados neste contexto, permaneceram durante muito tempo desconhecidos do público e praticamente abandonados nas gavetas dos estúdios e ateliês dos próprios artistas.” A década de 1970 foi determinante para a produção audiovisual no Brasil e no mundo. Foi a partir deste período que, pela primeira vez, a arte contemporânea se aproximou do campo do cinema e do vídeo e assim, artistas visuais passaram a transitar por estas áreas com obras experimentais.

A segunda divisão da exposição, localizada no terceiro andar, joga o foco em obras contemporâneas realizadas a partir de 1990 até os dias atuais por uma nova geração de artistas. Esses trabalham com o audiovisual e têm inserção no mercado, e também o usam como suporte para criar sons, imagens e linguagens muito particulares.

“Nesse caso, selecionamos os trabalhos com base na sua representação antológica e na forte questão mercadológica que representam atualmente”, conta o curador. Nesta categoria e por apresentarem modos originais de trabalhar a imagem em movimento, destacam-se criações de Eder Santos, Cao Guimarães, Brígida Baltar, Thiago Rocha Pitta, Rivane Neuenschwander, Gisela Motta e Leandro Lima, além das produções dos quatro artistas selecionados especialmente para esta edição.

“Estas obras não são expressamente cinematográficas e o tempo da projeção pode ser indeterminado, o filme pode não ter início, meio ou fim, mas todas apontam para o cinema em sua totalidade”, analisa Cruz, que de 2001 a 2011 foi gerente do Núcleo de Audiovisual do Itaú Cultural, onde coordenou projetos na área de cinema e video como o festival ON_OFF – Experiências em Live Image (2005 a 2011) e, com Arlindo Machado e Jorge La Ferla, idealizou e fez a curadoria da mostra itinerante VISIONARIOS – Audiovisual na América Latina.

Cruz é, ainda, consultor da Coleção de Filmes e Vídeos do Itaú Cultural e curadorde Cinema Sim: narrativas e projeções (Itaú Cultural, 2008); Fluxus 2011 (Oi Futuro - BH); Fluxus Black and White (Oi Futuro - BH, 2012) Coleção Itaú Cultural de Filmes e Vídeos (Palácio das Artes – BH, 2012; Museu Nacional - DF, 2013).

Coleção

A Coleção Itaú Cultural de Filmes e Vídeos de Artistas começou a ser formada em maio de 2011, com o seminário Filme, Vídeos e Arte: Compartilhando Experiências. No encontro, ocorrido no Itaú Cultural, representantes de centros culturais e galerias, colecionadores e especialistas debateram sobre melhores práticas voltadas para constituição de acervos e das metodologias de conservação e difusão de obras de arte audiovisuais. O instituto vem formando esse acervo consciente da importância dessa produção pioneira no país, e, fundamentalmente, de sua conservação, valorização, preservação e difusão. A iniciativa é inédita no Brasil onde não se tem notícia de outras instituições culturais que possuam esse tipo de coleção, que traz ao observador a força inventiva destas imagens.

A parceria

Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural chega a Porto Alegre por meio de uma parceria entre o Itaú Cultural e a Fundação Iberê Camargo. A relação entre ambas começou com o apoio do banco Itaú à fundação; depois, por ações conjuntas entre as duas instituições. 

Entre essas ações estão a itinerância da exposição Sob o Peso dos Meus Amores, sobre o artista plástico Leonilson, que ocorreu em 2011 em São Paulo e em 2012 em Porto Alegre; e a publicação da mostra virtual As Bicicletas de Iberê (sites.itaucultural.org.br/bicicletasdeibere), com vídeos, fotos e textos em torno da obra de Iberê Camargo.

Acervo

Iniciada em maio de 2011, a coleção Itaú Cultural de Filmes e Vídeos de Artistas é formada pelas seguintes obras:

1.  O Pintor Joga o Filme na Lata de Lixo (2008), de Cao Guimarães 

2.  Memória - Cristaleira (2001), de Eder Santos 

3.  Cinema (2009), de Eder Santos 

4.  Coletas, (1998 / 2005), de Brígida Baltar

5.  Marca Registrada (1975), de Letícia Parente

6.  Passagens I, (1974), de Anna Bella Geiger

7.  Sunday (2010), de Rivane e Sergio Neuenschwander

8.  Translado (2008), de Sara Ramo

9.  Planeta Fóssil (2009), de Thiago Rocha Pitta 

10.  Neutrino (2010), de Feco Hamburger

11.  Projeção 0 e 1 (2012), de Luiz Roque

12.  Partida (2005), de Alberto Bittar

13.  A arte de Desenhar (1980), de Regina Silveira

14.  Homenagem a Steinberg – Variações Sobre um Tema de Steinberg: As Máscaras Nº 1 (1975), de Nelson Leirner

15.  Amoahiki - Árvores do Canto Xamânico (2010), de Gisela Motta e Leandro Lima

16.  Triunfo Hermético (1972), de Rubens Gerchman

Fundação Iberê Camargo



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