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11/01/2016 Globo News - Programa Em Pauta

Exposição Iberê Camargo: um trágico nos trópicos chega ao CCBB Brasília


A exposição Iberê Camargo: um trágico nos trópicos chega ao CCBB Brasília e fica em exibição de 14 de novembro a 11 de janeiro de 2016. Reconhecida como a melhor exposição retrospectiva pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em sua 59ª edição, a mostra inclui 134 obras, entre pinturas (49), desenhos (40), gravuras (32) e matrizes (10). Os trabalhos foram especialmente selecionados pelo curador, professor e crítico de arte Luiz Camillo Osorio para a mostra que já passou pelo CCBB-SP e MAM Rio.

O público poderá apreciar desde obras da fase Natureza Morta, iniciada na década de 1950, período em que Iberê retornou da Europa para o Rio de Janeiro depois de estudar com mestres como Carlos Alberto Petrucci, De Chirico e André Lhote, até as grandes e trágicas telas de sua última fase, nos anos 1990, que incluem as séries das Ciclistas,  As Idiotas e Tudo Te é Falso e Inútil.  “O núcleo da exposição é o processo de amadurecimento da trajetória de Iberê, dos Carretéis até as telas dos anos 1980, quando a figura humana começa a reaparecer. E como não poderia deixar de ser, haverá uma pequena mostra complementar do Iberê gráfico, apresentada como uma exposição de câmara, intimista, em que muitos dos seus temas e obsessões são trabalhados no corte preciso da linha e das várias experimentações realizadas como gravador”, diz Camillo Osorio. 

 “É justamente o mergulho nas visões cruas e dolorosas da vida que me parece evidenciar a dimensão trágica da pintura de Iberê, sua densidade existencial, sua recusa, tão anti-brasileira, a crer que, ao fim, a harmonia afirmará. Ao longo de sua trajetória, começando com as paisagens, passando pelos carretéis, pelo flerte com a abstração - uma abstração feita de acúmulos e não de redução -  e chegando às últimas telas com uma figuração assombrosa, o que vemos é uma paleta pouco solar, uma atmosfera de densidade angustiada, um corpo matérico onde sensualidade e sofrimento se irmanam incansavelmente”, escreve o curador em seu texto publicado no catálogo da mostra. 

“A obra de Iberê é tão atual, jovem e vibrante, que poderíamos batizar as celebrações como o Centenário do Garoto, no caso do Rio, ou o Centenário do Guri, quando a homenagem aconteceu na sua terra natal, no Rio Grande do Sul”.  Luiz Camillo Osório também assina a organização e apresentação do livro CEM ANOS DE IBERÊ,  editado em 2014 pela Cosac Naify em parceria com a Fundação Iberê Camargo.  A obra, de 448 páginas, exibe 272 imagens e 13 textos curatoriais de exposições do artista realizadas pela Fundação Iberê Camargo. 

Segundo Fábio Coutinho, superintendente cultural da Fundação com sede em Porto Alegre, Iberê Camargo: um trágico nos trópicos é uma das maiores retrospectivas já realizadas com a obra do artista.

ACERVO DIGITAL

Em Brasília, além das obras, o público vai poder acessar uma novidade que acaba de ser lançada: o Acervo Digital da Fundação Iberê Camargo (www.iberecamargo.org.br/acervodigital).  São 4 mil obras disponibilizadas em hotsite, com possibilidade de pesquisas cruzadas entre imagens e informações. O acervo digital traz ainda centenas de documentos, como catálogos, recortes de jornais e revistas, correspondências, cadernos de notas e fotografias, armazenados pela esposa de Iberê, Maria Coussirat Camargo. Das quatro mil obras, três mil estão em alta resolução, acompanhadas de fichas técnicas, históricos e informações relacionadas, revelando um repertório nunca visto antes em exposições. “Estamos acompanhando uma tendência seguida pelos principais museus do mundo”, diz o superintendente da Fundação Iberê Camargo, Fábio Coutinho.

Sobre o Artista

Artista de rigor e sensibilidade únicos, Iberê Camargo é um dos grandes nomes da arte brasileira do século 20. Autor de uma obra extensa, que inclui pinturas, desenhos, guaches e gravuras, Iberê Camargo nasceu em Restinga Seca, interior do Rio Grande do Sul, Brasil, em 1914.

Em 1927, iniciou seu aprendizado em pintura na Escola de Artes e Ofícios de Santa Maria. Em 1936, mudou- se para Porto Alegre, onde conheceu Maria Coussirat Camargo. E foi com tela e tintas dela, então estudante do Instituto de Belas Artes, que Iberê pintou seu primeiro quadro, às margens do Riacho, na Cidade Baixa – assim começou o namoro do casal e assim “começou o pintor”. Em 1939, Iberê e Maria se casaram. Em 1942, ano de sua primeira exposição, o artista e sua esposa mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde viveram por 40 anos.

Admirador e amigo de artistas brasileiros como Goeldi e Guignard, em 1948 viajou para a Europa (através de um Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, conquistado com sua obra Lapa, de 1947) em busca de aprimoramento técnico. Durante sua estada, visitou museus, realizou cópias dos grandes mestres da pintura e estudou gravura e pintura com Giorgio De Chirico, Carlo Alberto Petrucci, Leoni Augusto Rosa, Antonio Achille e André Lhote.

De volta ao Brasil, em 1950, Iberê conquistou inúmeros prêmios e participou de diversas exposições internacionais, tais como Bienal de São Paulo, Bienal de Arte Hispano-Americana em Madri, Bienal de Veneza, Bienal de Gravuras em Tóquio, entre outras exposições importantes. Foi no final dos anos 1950 que, devido a uma hérnia de disco que o obrigou a pintar no interior de seu ateliê, o artista desenvolveu um dos temas mais recorrentes em sua pintura: os Carretéis. São estes brinquedos de sua infância que o levaram, mais tarde, à abstração, e que estiveram presentes em sua obra até a fase final.

Na década de 1980, retomou a figuração. Mas, ao longo de toda sua produção, nunca se filiou a correntes ou movimentos. Em 1982, retornou a Porto Alegre, onde produziu duas de suas séries mais conhecidas: as Idiotas e os Ciclistas.

Iberê Camargo faleceu em agosto de 1994, aos 79 anos, deixando um grande acervo de mais de 7 mil obras, entre desenhos, gravuras e pinturas. Grande parte desta produção foi deixada a Maria, sua esposa e companheira inseparável, cuja coleção compõe hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.

SERVIÇO

EXPOSIÇÃO “IBERÊ CAMARGO – UM TRÁGICO NOS TRÓPICOS”

De 14 de novembro a 11 de janeiro

Local: Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília

SCES, Trecho 2, Lote 22

Classificação etária: livre. Entrada Franca.

www.iberecamargo.org.br

Fundação Iberê Camargo



Relacionado a Fundação Iberê Camargo:

14/11/2015 Jornal Correio Braziliens - Capa do Caderno de Cultura

CCBB Brasília recebe exposição Iberê Camargo: um trágico nos trópicos

Retrospectiva apresenta 134 obras selecionadas pelo curador Luiz Camillo Osório que contemplam a produção do artista a partir da década de 1950 até seus últimos trabalhos

10/11/2015 Zero Hora

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Além do recorte de 13 trabalhos do acervo de videoarte do Itaú Cultural, as instituições reforçam a parceria de longa data agregando à essa montagem produções gaúchas

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