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Mídia

22/03/2013 Zero Hora

Fundação Iberê Camargo apresenta mostra sobre os famosos carretéis


Com 57 trabalhos realizados entre 1957 e 1982, mostra dedicada a Iberê inclui obras do Museu de Arte Contemporânea de Niterói e da coleção Roberto Marinho

Quando Iberê Camargo (1914 – 1994) introduziu os famosos carretéis em suas pinturas e gravuras, deu início a um embate obsessivo com o objeto resgatado da própria infância, que se estenderia por quase 30 anos.

No período entre os anos 1950 e 1980, o gaúcho ofereceu sua maior contribuição como artista moderno. Um legado que, assim como os carretéis, até hoje tende a escapar às tentativas de encaixá- lo em movimentos ou compará-lo aos pares de seu tempo. É esse sentido de reavaliação o que oferece a nova exposição da Fundação Iberê Camargo (FIC), na Capital. Iberê Camargo: O Carretel – Meu Personagem, que será aberta neste sábado, às 11h, dedica-se à fase em que Iberê criou uma assinatura para si.

O curador Michael Asbury reuniu 57 trabalhos realizados entre 1957 e 1982, sendo 21 pinturas, 32 gravuras e quatro desenhos. Além do acervo da FIC, a seleção conta com obras do Museu de Arte Contemporânea de Niterói e da coleção Roberto Marinho. A exposição segue até março do ano que vem, no segundo andar da FIC.

Brasileiro que atua como professor, crítico, historiador e curador em Londres, Asbury confronta as pinturas – em que os carretéis aparecem em espessas crostas de tintas, em uma atmosfera densa e sombria – com as gravuras, nas quais são representados

de forma mais leve.

– O carretel nega a originalidade da forma, enquanto busca, talvez, um estado original do ser, a infância. A repetição leva ao gesto, a uma forma de ritual, uma assinatura, enfim, um símbolo – diz o curador.

Com seus carretéis, Iberê alcançou maturidade artística. Acometido por uma hérnia de disco, deixou de ir às ruas para pintar paisagens com seu cavalete, passando a trabalhar na reclusão do ateliê. Foi ali que começou a experimentar suas naturezas-mortas, com garrafas e outros objetos geometricamente organizados sobre mesas.

De repente, apareceram os carretéis, tensionando o equilíbrio formal desses arranjos. Depois, eles se multiplicaram, equilibrando-se sozinhos sobre a mesa. A seguir, passaram a se movimentar no espaço (as chamadas estruturas dinâmicas), explodiram

em abstração (os núcleos) e, por fim, retomaram certa ordem.

Nesse trajeto, a produção de Iberê gerou diferentes interpretações. Ele foi considerado abstrato informal, abstrato geométrico e, por fim, um artista que expressava gestualmente a memória e o drama da existência.

– Fui classificado como artista abstrato, ou ainda, como artista gestual. Eu não esperava tornar-me abstrato, não tinha essa intenção. Eu estava pintando aquele carretel, que era muito importante porque tinha sido o meu brinquedo de infância. Ele era muito carregado de reminiscências e vivências minhas. Ele vinha do meu pátio. Não tinha assim uma intenção intelectual, uma posição: vou pintar abstrato e vou começar aqui – comentou Iberê,em 1980.

A negação abstrata reforça a ideia de um artista que não se filiou a grupos de vanguarda de seu tempo, preferindo um caminho pessoal e solitário.

– Iberê não se ligou a movimentos e modismos, foi plenamente ele, e não parcialmente outro. Não adianta especularmos sobre o que quis dizer ou o que foi a abstração para ele. Temos que analisar de forma metódica e historiográfica. Em outras palavras, o que foi Iberê para diferentes gerações de críticos de arte – finaliza Asbury.

IBERÊ CAMARGO:
O CARRETEL – MEU PERSONAGEM

Abertura hoje, às 11h. Visitação de terça a domingo, das 12h às 19h, e quinta, das 12h às 21h.
Até 23 de março de 2014. Entrada franca.
Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2.000), fone (51) 3247-8000, em Porto Alegre.
A exposição: com curadoria de Michael Asbury, a mostra reúne 57 trabalhos de Iberê Camargo com o tema carretéis, realizados entre 1957 e 1982.

Fundação Iberê Camargo



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