Mídia
Com razão e emoção
Ao apresentar como maior destaque o conteúdo de palestras e painéis, o Festival Mundial de Publicidade de Gramado marcou um bom gol para a história em sua edição encerrada na sexta-feira passada. Com as exceções da regra – a palestra de abertura, ministrada pelo conselheiro da Rede Globo de Televisão, Octávio Florisbal, patrono desta edição, foi um desastre – os diferentes palestrantes agradaram e algumas vezes foram aplaudidos em pé, como aconteceu com o nativo Dado Schneider. Cantou até rap no início da fala sobre o tema “A emoção tem razão”.
Negócio sob ameaça
Sob a presidência de Mauro Dorfmann, o festival reuniu cerca de 4,5 mil participantes e representantes de 20 países. Mesmo que realizado de forma paralela, um dos pontos altos do evento foi o workshop promovido em conjunto pela Alap e Abap, no qual, como registrou Coletiva.net na cobertura online que realizou, sobraram ideias para o negócio da propaganda. Um dos alertas veio de Antonio Lino, diretor da Talent, que, em uma reflexão, manifestou-se preocupado com o momento da propaganda. “Estamos virando prestadores de serviço”, disse. “Antes o cliente chamava para ajudar a resolver um problema. Hoje se é chamado para receber um briefing. O risco é daqui a cinco anos perdermos toda a relevância”.
Dez Comunicação