Press releases
10/01/2014
PROGRAMAÇÃO 2014 - FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
Ø ANTONIO DIAS
Curadoria
Paulo Sérgio Duarte
13 de março | Abertura
14 de março a 18 de maio | Visitação
Ø AS HORAS – Exposição
de Iberê Camargo
Curadoria
Lorenzo Mammi
29 de março | Abertura
30 de março a 09 de novembro | Visitação
Ø TRÊS DÁDIVAS
Curadoria
Alberto Tassinari
29 de maio | Abertura
30 de maio a 10 de agosto | Visitação
Ø LIBERDADE EM
MOVIMENTO
Curadoria
Jacopo Visconti
29 de maio | Abertura
30 de maio a 10 de agosto | Visitação
Ø TRAÇAR O ESPAÇO,
MARCAR O TEMPO (Arte Povera)
Curadoria
Gianfranco Maraniello
21 de agosto | Abertura
22 de agosto a 02 de novembro | Visitação
Ø CENTENÁRIO DE IBERÊ
CAMARGO
Curadoria
Comitê Curatorial
18 de novembro | Abertura
Confira
abaixo, detalhes sobre cada exposição
Para o ano de 2014, a Fundação Iberê Camargo preparou cinco novas exposições
que enfatizam aspectos pontuais da modernidade e contemporaneidade, além de uma
grandiosa mostra em homenagem ao centenário de Iberê Camargo. A arte brasileira
vem representada por Antonio Dias e Nuno Ramos, com exposições individuais
preparadas especialmente para o espaço expositivo da Fundação. A mostra
“Liberdade em Movimento” reúne obras de arte contemporânea que utilizam o ato
de andar no fazer artístico, enquanto a exposição do movimento Arte Povera,
“Traçar o Espaço Marcar o Tempo”, traz para a cidade importantes obras da
vanguarda surgida no final dos anos 60. Já a mostra “As horas” apresenta a
última fase de Iberê Camargo, na qual o artista retorna à representação da figura
humana – em grande parte autorretratos – e à organização de suas prosas
narrativas, repensando a si mesmo e a seu trabalho. E para finalizar o ano e
dar início às celebrações do centenário do artista que dá nome à Fundação, uma
exposição comemorativa ocupará todos os andares do espaço expositivo e tratará
da influência de Iberê na contemporaneidade.
ANTONIO
DIAS
Curadoria
Paulo Sérgio Duarte
13
de março | Abertura
14
de março a 18 de maio | Visitação
Antonio
Dias é um artista brasileiro que muito cedo se afirmou no cenário internacional
com a premiação na Bienal de Paris de 1967. Sua produção passou até hoje por
três momentos distintos: o primeiro como um dos principais nomes da Nova
Figuração de 1964 a 1968. Nesse momento há uma ruptura na linguagem de sua
obra, seus trabalhos abandonam a figura e passa por uma fecunda reflexão entre
a arte e a palavra. Esse período se estende até 1977. Desde 1977 até os dias de
hoje explora a alusão a figuras numa situação ambígua, às vezes ambivalente
mesmo, que potencializa as alusões poéticas para espectador. Na Fundação Iberê
Camargo serão apresentadas pinturas recentes, a mais antiga de 1999 até o ano
de 2013. Quem ainda pensa que a pintura está morta assistirá a uma poderosa
demonstração que, na arte contemporânea, está mais viva do que nunca e capaz de
formar novos olhares e abrir a porta para novos significados. A exposição terá
a curadoria do crítico e historiador Paulo Sergio Duarte que acompanha a
produção do artista há mais de quatro décadas.
Antonio
Dias
Nascido
em Campina Grande, na Paraíba, em 1944, Antonio Dias é um artista multimídia,
utilizando técnicas como o desenho, a gravura, o papel artesanal, a escultura,
a música e o filme. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de
Janeiro, sob a tutela de Oswaldo Goeldi. Em 1965, integrou o Grupo G4 e no
mesmo ano recebeu uma bolsa de estudos do governo francês, onde morou por três
anos. Após Paris, montou um ateliê em Milão, na Itália, local em que residiu
durante 20 anos. Recebeu uma bolsa na Simon Guggenheim Foundation. Viajou por
diversos lugares do mundo como Índia e Nepal, onde estudou as técnicas de
produção artesanal de papel com tribos da fronteira entre o Tibet e o Nepal. No
início da década de 80 foi convidado a participar da Bienal de Veneza. Participou
da International Survey of recent Painting and Sculpture no Museum of Modern
Art (Nova York, 1984); também fez parte da Taipei Fine Arts Museum (Taiwan,
1985), na retrospectiva A Generation in Italian Art (Finlândia, 1985) e da
Prospect 86 na Kunstverein (Frankfurt, 1986).
Paulo
Sérgio Duarte
É
crítico, professor de História da Arte e pesquisador do Centro de Estudos
Sociais Aplicados / Cesap da Universidade Candido Mendes, no Rio de Janeiro.
Leciona Teoria e História da Arte na Escola de Artes Visuais do Rio de Janeiro
– Parque Lage. Foi Assessor-Chefe do RIOARTE (1983-85) e primeiro diretor geral
do Paço Imperial / Iphan, de 1986 a 1990, responsável pela sua implantação como
um centro cultural. Publicou dezenas de estudos e ensaios sobre arte moderna e
contemporânea.
AS
HORAS – Exposição de Iberê Camargo
Curadoria
Lorenzo Mammi
29
de março | Abertura e visitação
A
arte de Iberê Camargo sempre lidou com motivos. No auge do enfrentamento entre
figurativismo nacionalista e vanguardas construtivas, escolheu o caminho
independente da identificação de elementos que fossem ao mesmo tempo objetos
carregados de sentido afetivo (carretéis, dados) e núcleos plásticos ricos de
possíveis desenvolvimentos formais. Manteve-se assim, por muito tempo, no
limiar entre figuração e abstração, sem se sentir obrigado (e sem que o sentido
da sua arte de fato o obrigasse) a escolher definitivamente um lado. No começo
da década de 1980, porém, ao lado de seus motivos já tradicionais, começam a
aparecer figuras humanas, em grande parte autorretratos. Pode-se dizer que esse
tipo de composição, que culmina com a série As Horas, de 1983-4 inaugura a
última fase, mais figurativa, da produção de Iberê. Significativamente, é nessa
mesma época que o artista reorganiza e completa suas prosas narrativas,
publicadas em 1988 no volume “No andar do Tempo”. Tanto os quadros quanto
os textos são parte de um processo de autoanálise, em que Iberê repensa si
mesmo e sua obra. Seu próprio rosto se torna, então, um motivo: ao mesmo tempo
objeto de memória e núcleo plástico.
Lorenzo
Mammi
Lorenzo
Mammi nasceu em 1957, na cidade de Roma, Itália. É formado em matérias
literárias pela Universidade dos Estudos de Florença e doutor em filosofia pela
Universidade de São Paulo (USP). É crítico de música, de arte e professor de
História da Filosofia Medieval na Universidade de São Paulo desde 2003. Curou
as exposições Concreta 56 (com André Stolanski e João Bandeira, MAM-SP, 2006) e
Lugar Nenhum (com Heloisa Espada, IMS-RJ, 2013), entre outras. Foi diretor do
Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo, USP) de 1999 a 2005.
TRÊS
DÁDIVAS (Nuno Ramos)
Curadoria
Alberto Tassinari
29
de maio | Abertura
30
de maio a 10 de agosto | Visitação
A
exposição de Nuno Ramos na Fundação Iberê Camargo em maio de 2014 terá como
ponto de partida o conceito antropológico de dádiva. Não o abordará,
entretanto, de modo científico, mas de maneira livre e plástica. Na dádiva dois
objetos distintos são trocados sem basearem-se nos valores econômicos, mas em
valores simbólicos. Por em equivalência coisas distintas é parte da poética de
Nuno Ramos desde o início de sua obra na década de 1980. Com “Dádivas”, Nuno
Ramos pretende estabelecer esta equivalência pela metamorfose visual, sensível
e poética de um objeto no outro.
Nuno
Ramos
Nuno
Ramos nasceu em 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha. Pintor, desenhista,
escultor, escritor, cineasta, cenógrafo e compositor, Nuno começou sua carreira
artística na pintura, em 1984, quando passou a fazer parte do grupo de artistas
do ateliê Casa 7. Participou da Bienal de Veneza de 1995, onde foi o artista
representante do pavilhão brasileiro, e das Bienais Internacionais de São Paulo
de 1985, 1989, 1994 e 2010. Em 2006, recebeu, pelo conjunto da obra, o Grant
Award da Barnett and Annalee Newman Foundation. Dentre as principais exposições
coletivas e individuais, destacam-se, em 2011, as individuais "Solidão,
Palavra"; "Ai, pareciam eternas!"; e "O Globo da morte de
tudo" (em parceria com Eduardo Climachauska). Em 1999 e 2000, realizou a
primeira retrospectiva de sua obra, apresentada no Centro de Artes Hélio
Oiticica, Rio de Janeiro, e no MAM, São Paulo, respectivamente.
Alberto
Tassinari
Nasceu
em 1953, em São Paulo. Entre 1971 e 1974, estudou engenharia metalúrgica na
USP, curso que não completou. De 1978 a 1981, formou-se em filosofia pela
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo,
onde defendeu sua dissertação de mestrado, em 1989, sobre a pintura em
Merleau-Ponty, e concluiu sua tese de doutorado em 1997, a qual deu origem ao
livro “O espaço moderno”. Foi crítico de arte da Folha de S. Paulo entre 1987 e
1988. Tem publicado, desde 1982, artigos sobre arte contemporânea e filosofia
em jornais, catálogos de exposição e revistas especializadas.
LIBERDADE
EM MOVIMENTO
Curadoria
Jacopo Visconti
29
de maio | Abertura
30
de maio a 10 de agosto | Visitação
Liberdade
em movimento enfatiza o caráter político, no sentido mais amplo do termo, da
grande maioria das obras que se baseiam no ato de andar ou que, de uma maneira
geral, utilizam o movimento (do artista ou da própria obra) como estratégia
criativa. Nesse sentido, inclui desde registros de ações abertamente
militantes, até obras que buscam “apenas” desmaterializar a arte, por ser
explícito nelas o desejo de eludir o domínio da lógica de mercado na produção
contemporânea. Em outras palavras, a exposição aponta para a riqueza de
significados que o movimento, no cruzamento altamente simbólico de todas as
suas acepções, pode adquirir em âmbito artístico.
Jacopo
Visconti
É
crítico de arte e curador independente. Nascido em Nápoles Itália, em 1973, é
doutor em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP). Como
curador da Fundação Bienal de São Paulo (2007-2009), foi responsável pela
participação oficial brasileira na 52ª Biennale di Venezia (2007) e na Bienal
de Cuenca (Equador, 2007 e 2009), entre outras exposições. Entre os trabalhos
mais representativos como curador estão: 12a Bienal de Cuenca, Cuenca, Equador
(2014); Concrete Remains, Tierney Gardarin, Nova York (EU) (2013); A revolução
tem que ser feita pouco a pouco; Solo Projects da feira Pinta, Nova York (EU)
(2011 e 2012); Sismógrafo, Palácio das Artes, Belo Horizonte (2011);
TRAÇAR
O ESPAÇO, MARCAR O TEMPO (Arte Povera)
Curadoria
Gianfranco Maraniello
21
de agosto | Abertura
22
de agosto a 02 de novembro | Visitação
A
Arte Povera marca um distanciamento decisivo com a tradição do
"quadro" e dos gêneros artísticos tradicionais em favor da redução de
sinais, do encontro com as formas do tempo e da experiência lutando contra o
fetiche das obras. Quase todos os artistas do grupo abordaram a prática do
desenho, mas com uma técnica muito específica e de renovação do modo
considerado "tradicional" de desenhar. Esses artistas enxergavam as
obras como janelas para observar o nosso comportamento, para fazer coincidir a
arte com o mundo - e tomar o espaço da obra como uma experiência transitória
para dar forma à vida e ao tempo. São trabalhos que por vezes parecem
extrapolar o perímetro do desenho em direção ao mundo em movimento que está em
frente ao trabalho. Sendo assim, o desenho torna-se um limiar do mundo - está
também no espaço não circunscrito na parede. As obras feitas com desenhos e que
serão apresentadas “fundem” essa técnica com outras, resultando na criação de
obras importantes e, por vezes, bastante espetaculares. O tema do desenho,
pouco estudado na Arte Povera, será o norte conceitual da exposição apresentada
de agosto a novembro de 2014.
Gianfranco
Maraniello
Nascido
na Itália, em 1971. Formou-se em Filosofia e foi professor de Estética dos
Novos Meios na Academia de Belas Artes de Brera, Milão. Foi curador do MACRO -
Museo Arte Contemporanea Roma (2002-2005), do Palazzo delle Papesse - Centro
d'Arte Contemporanea di Siena e da VI Bienal Internacional de Arte de Xangai.
Desde janeiro de 2013, é diretor da Instituição dos Museus de Bolonha, que
inclui MAMbo, Museo Morandi e outros 11 museus pertencentes à cidade de
Bolonha. Foi curador de várias mostras coletivas e individuais realizadas em
museus e nacionais e internacionais. Foi autor de artigos e ensaios,
encomendados por instituições tais como o Centre Georges Pompidou (Paris),
Hiroshima City Museum of Contemporary Art, Palais de Tokyo (Paris), Fundação de
Serralves (Portugal), Galerie pele Zeitgenossiche Kunst (Leipzig).
CENTENÁRIO
DE IBERÊ CAMARGO
Curadoria
Comitê Curatorial
18
de novembro | Abertura
No
dia 18 de novembro, será aberta a exposição comemorativa ao centenário de Iberê
Camargo, celebrado em 2014. Ocupando todos os andares do espaço expositivo, a
mostra tratará da influência de Iberê Camargo na contemporaneidade. Organizada
pelo Comitê Curatorial da Fundação, a exposição terá uma grande abertura com
interferências artísticas. O conceito da mostra será divulgado oportunamente,
bem como as ações paralelas que integram a programação.
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