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01/02/2016
Fundação Iberê Camargo recebe Sergio Camargo: Luz e Matéria
Exposição
vai apresentar mais de 60 obras de um dos mais importantes nomes das artes
visuais do século XX no Brasil. De 3 de março a 12 de junho, mostra tem
curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves.
A Fundação Iberê
Camargo e o Itaú Cultural reafirmam sua parceria levando ao público mais
uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. Dia 3 de
março, a instituição em Porto Alegre inaugura a mostra Sergio Camargo: Luz e
Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do
século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, a
mostra reúne, até 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do
espólio do artista.
A
exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo,
entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade
a recebê-la, após seu encerramento na Capital paulista. Na Fundação, a
exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor
dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em
formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou
negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma
síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990).
A itinerância de Sergio Camargo: Luz e Matéria para a
Fundação Iberê Camargo é marcada ainda com o lançamento de um catálogo inédito
publicado pela instituição gaúcha em parceria com o Itaú Cultural, contendo um
registro fotográfico das montagens em Porto Alegre e em São Paulo. O conteúdo
conta a trajetória do artista e apresenta imagens das obras expostas em ambas
instituições, incluindo uma reprodução do último ateliê que pertenceu ao
artista, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.
Sergio
Camargo
O artista nasceu em 1930 no Rio de Janeiro. Aos
16 anos, estudou na Academia Altamira, em Buenos Aires, na Argentina. A escola,
fundada em 1946, propunha uma arte de vanguarda, síntese do que se pode
apreender pelos sentidos e marcada pelas descobertas científicas da época. Lá,
estudou com Emilio Pettoruti (1892-1957) e Lucio Fontana (1899-1968).
Em 1948, viajou à Europa. Estudou com Gaston
Bachelard (1884-1962), que, entre outros temas, se dedicou à filosofia da
ciência e à análise das bases subjetivas da criação poética. Estudou
Merleau-Ponty (1908-1961), que acabara de publicar Fenomenologia da
Percepção. Visitou frequentemente o ateliê do escultor Constantin Brancusi
(1876-1957), descrito como o “pioneiro da extrema simplificação das formas”
pela Galeria Tate. Após o contato com a obra do pintor Wassily Kandinsky
(1866-1944), decidiu trabalhar com os recursos do abstracionismo.
A década de 1950 foi pontuada pela experimentação
nesse estilo, com um retorno ao figurativismo, sob a influência de Henri
Laurens (1885-1954), precursor do cubismo na escultura. Trabalhou com bronze,
gesso, alumínio e, após um curso com Margaret Spence, com pedra-sabão.
Testou
novos métodos de criação na década de 1960, nos quais o acaso ganhou papel
relevante e em que estão presentes o gesso, a areia e o tecido. Iniciou a série
de relevos, investigando os modos de perceber e dispor a matéria, além de suas
relações com a luz. Trabalhou em madeira e mármore. Em Paris, estudou
sociologia da arte com o historiador Pierre Francastel (1905-1970).
Em 1970, deu continuidade aos relevos. Sergio Camargo agregou
a eles partes cilíndricas, chamadas “trombas”, que se expandem da obra “para
fora” e implicam outro efeito no espaço. No período, passou a compor o grupo
de artistas e críticos ligado à Galeria Luiz Buarque de Hollanda & Paulo
Bittencourt, do qual participavam os escultores Waltercio Caldas, Iole de
Freitas, Tunga e José Resende.
Nos anos 1980, fez a série Ovos – objetos ovais com
incisões e perfurações. Nessa década, participou de várias exposições individuais
e coletivas. A exposição do seu trabalho foi significativa durante toda a sua
carreira: participou, entre outras exposições, da Bienal de São Paulo, da
Bienal de Veneza e da Bienal de Teerã. Morreu em 1990.
Mais de
40 acervos e coleções públicas conservam obras do artista, entre eles o Centro
Pompidou, em Paris; o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires
(Malba); a Galeria Tate, em Londres; o Museu de Arte Moderna de Nova York
(MoMA); o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) e
o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ).
SERVIÇO
O QUÊ| QUANDO| Sergio Camargo: Luz e
Matéria - 3 de março a 12 de junho
ONDE | Av. Padre
Cacique, 2000 – 51 32478000
HORÁRIO DE
FUNCIONAMENTO| De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último
acesso às 18h30)
ENTRADA FRANCA| As
empresas Gerdau, Itaú, Vonpar e Banco Votorantim garantem a gratuidade do
ingresso
SITE | www.iberecamargo.org.br
TWITTER | @F_IbereCamargo
FACEBOOK | www.facebook.com/fundacaoiberecamargo
Google+: Fundação
Iberê Camargo
YOUTUBE | http://www.youtube.com/user/FundacaoIbereCamargo
INSTAGRAM |
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TRANSPORTE | As
linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em
frente ao prédio, assim como a linha de ônibus Serraria 179. É possível
tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas.
O retorno pode ser feito a partir do BarraShoppingSul, por onde passam diversas
linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.
Pelo Itaú Cultural
Conteúdo Comunicação
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