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24/06/2014
Fundação Iberê Camargo apresenta exposição sobre Arte Povera
“Limites Sem limites. Desenhos e
Traços da Arte Povera” tem a assinatura do curador Gianfranco Maraniello,
diretor da Instituição dos Museus de Bolonha, e expõe 25 obras de 13 artistas
do emblemático movimento italiano. O desenho, como conceito, norteia a seleção
de trabalhos. A mostra poderá ser visitada de 22 de agosto a 2 de novembro, na
Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.
A
Arte Povera (Arte Pobre, em tradução livre), um dos mais emblemáticos
movimentos artísticos italianos da segunda metade do século XX, é tema da
quinta exposição do calendário de 2014 da Fundação Iberê Camargo. “Limites
Sem limites. Desenhos e Traços da Arte Povera”, ocupará entre 22 de agosto
e 2 de novembro de 2014 o terceiro e o quarto andares da Fundação, além do vão
do átrio, com 25 obras de 13 artistas do grupo original que, em meados
da década de 1960, quando a Itália havia acabado de se recuperar dos efeitos
devastadores da Segunda Guerra Mundial e passava por grandes transformações
sociais, buscava promover uma arte antielitista a partir do uso de materiais
simples.
Os artistas do grupo se dedicaram a romper com
suportes artísticos tradicionais, como o quadro, com o objetivo de
desafiar a tradição, a ordem e a estrutura. O movimento se
dissipou na década de 1970, na esteira dos assassinatos políticos e do
crescimento da organização terrorista Brigate Rosse (Brigadas Vermelhas), que
diminuíram o interesse pelo posicionamento revolucionário da tendência
artística. Ainda assim, até hoje a corrente segue influente no cenário
internacional das artes.
O escultor, artista performático e
conceitual Gilberto Zorio (nascido em 1944), conhecido por experimentações
artísticas com eletricidade e processos químicos, terá um trabalho inédito
apresentado na mostra. A Fundação também exibirá obras de Giovanni
Anselmo (1934), Mario Merz (1925-2003), Marisa Merz (1926), Michelangelo
Pistoletto (1933), Alighiero Boetti (1940-1994), Pier Paolo Calzolari (1943),
Luciano Fabro (1936-2007), Jannis Kounellis (1936), Giulio Paolini (1940),
Giuseppe Penone (1947), Pino Pascali (1935-1968) e Emilio Prini (1943). A curadoria é de Gianfranco
Maraniello, diretor da Instituição dos Museus de Bolonha, que inclui MAMbo,
Museo Morandi e outros 11 museus da cidade.
Apesar de os artistas dedicarem-se a
métodos de produção alternativos, o desenho – escolhido como norte conceitual
da mostra pelo curador – foi explorado de uma forma particular por cada um
deles. Essa prática, que poderia ser considerada convencional, foi renovada
pelo núcleo da Arte Povera e unida a outras
técnicas. Os trabalhos que serão expostos em Porto Alegre “por vezes chegam a
extrapolar os limites da parede em direção ao espaço expositivo, e demonstram a
variedade de poéticas trabalhadas pelos artistas do movimento. A obra na Arte
Povera não está mais localizada no perímetro de um espaço, mas é uma
oportunidade para reconhecer no agir artístico a ativação dos papéis,
comportamentos, energias que, inversamente, criam ‘espaços’, físicos e
relacionais. O desenho nesse movimento é uma revelação destas dinâmicas: cada
sinal se torna pista, surge para retornar algo diferente de si mesmo, à
passagem da vida, removendo o produto para recuperar a ação produtiva”, diz Gianfranco Maraniello. A
exposição é patrocinada pelas empresas
Gerdau, IBM, Itaú, Vonpar e Banco Votorantim.
Gianfranco
Maraniello
Nascido
na Itália em 1971, Gianfranco Maraniello é formado em Filosofia e foi professor
de Estética dos Novos Meios na Academia de Belas Artes de Brera (Milão). Foi
curador do MACRO - Museo Arte Contemporanea Roma (2002-2005), do Palazzo delle
Papesse - Centro d'Arte Contemporanea di Siena e da VI Bienal Internacional de
Arte de Xangai. Desde janeiro de 2013, é diretor da Instituição dos Museus de
Bolonha, que inclui MAMbo, Museo Morandi e outros 11 museus pertencentes à
cidade de Bolonha. Foi curador de várias mostras coletivas e individuais
realizadas em museus e nacionais e internacionais, e escreveu diversos artigos
e ensaios, encomendados por instituições como o Centre Georges Pompidou
(Paris), o Hiroshima City Museum of Contemporary Art (Hiroshima), Palais de
Tokyo (Paris), a Fundação de Serralves (Porto) e a Galerie pele Zeitgenossiche
Kunst (Leipzig).
SERVIÇO
O QUE | Exposições Limites sem limites.
Desenhos e traços da Arte Povera
ABERTURA |
21 de agosto, das 19h
às 21h
VISITAÇÃO
| De 22 de agosto a 2
de novembro de 2014
ONDE | Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000, Porto Alegre – RS
HORÁRIO
DE FUNCIONAMENTO | De terça a domingo (inclusive
feriados), das 12h às 19h, (último acesso 18h30) quintas até as 21h (último
acesso 20h30)
ENTRADA
FRANCA | As empresas
Gerdau, IBM, Itaú, Vonpar e Banco Votorantim
garantem a gratuidade do ingresso
SITE | www.iberecamargo.org.br
TRANSPORTE
| As linhas regulares
de ônibus e lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao
prédio. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao
shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do BarraShoppingSul,
por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da
cidade.
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