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Press releases

02/04/2015

FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO ABRE CIRCUITO 2015 COM EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL

Primeira mostra individual do artista italiano Marino Marini no país é destaque no início da programação deste ano. Também em abril, será inaugurada uma das mais completas e didáticas exposições sobre a trajetória artística de Iberê Camargo.

Para a abertura do calendário de 2015, a Fundação Iberê Camargo vai apresentar de 11 de abril a 21 de junho Marino Marini: do arcaísmo ao fim da forma, a primeira exposição individual no Brasil do artista italiano, reconhecido mundialmente por suas esculturas em bronze. Uma semana antes, a partir de 3 de abril, será exibida Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares, uma exposição panorâmica sobre a formação e produção de Iberê Camargo. A mostra, com 146 trabalhos entre pinturas, desenhos e gravuras do acervo da instituição - muitas desconhecidas do público – irá tratar das grandes temáticas trabalhadas pelo artista ao longo de sua carreira: a paisagem, a natureza-morta e as figuras.  

“Para nós, não poderia haver melhor contexto para o início de um percurso expositivo no Brasil”, destacou Alberto Salvadori, curador da exposição e diretor do Museu Marino Marini em Florença. “A relevância de Marino Marini foi a de um artista que não se comportou como um filólogo, não aceitou os dados históricos consumidos pelo estudo e pela interpretação antropomorfa do sujeito, mas revelou, no seu trabalho, uma dimensão de atualidade da matéria numa relação direta entre homem e sujeito”. 

Marino Marini é apontado como um dos artistas mais importantes de sua época por personalidades como o crítico e ex-curador do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), James Thrall Soby, e a colecionadora Peggy Guggenheim. A exposição do italiano apresenta um total de 89 peças, entre elas, 34 esculturas em bronze, além de pinturas e desenhos vindos da Fundação Marino Marini, em Pistoia, e do Museu Marino Marini, em Florença.

O público será recebido no átrio da Fundação Iberê Camargo com a obra Grande Cavalo, escultura em bronze com mais de dois metros de altura criada por Marini em 1951 e premiada na Bienal de Veneza. A obra foi cedida pelo Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC).

Nascido em Pistoia (1901 – 1980), na região da Toscana, Marini cresceu cercado pelas influências arqueológicas da vizinha Florença, nutrindo uma forte ligação com a arte etrusca e egípcia e com quatro temáticas em particular: o retrato, a Pomona – a encarnação do eterno feminino –, os cavaleiros e o circo. Por este último, era extremamente fascinado, sentindo-se intrigado pela natureza do ofício do malabarista, do palhaço e dos acrobatas. Outro dado essencial para ler sua obra é o valor absoluto que Marini confere à relação entre arte e arquitetura.

Em Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares, o curadorPaulo Gomes, artista, professor do Instituto de Artes da UFRGS e da pós-graduação em Artes Visuais da Universidade de Santa Maria, dividiu a mostra em mini- exposições retrospectivas, que apresentam as três grandes temáticas que acompanham a trajetória do artista: naturezas-mortas, paisagens e figuras. “Em um único andar, vamos apresentar uma visão abrangente de toda a produção com esses três blocos temáticos de forma muito orgânica e independente. O objetivo é mostrar o desenvolvimento das técnicas trabalhadas por ele – pintura, desenho e gravura - e o processo de evolução estilística”, diz Paulo Gomes. O visitante poderá conhecer os primeiros trabalhos de Iberê, produzidos quando tinha 13 anos, até obras fundamentais como Crepúsculo na Boca do Monte, de 1991.

SERVIÇO

O QUÊ | QUANDO |

Exposição Marino Marini: do arcaísmo ao fim da forma | De 11 de abril a 21 de junho de 2015.

Exposição Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares | De 3 de abril de 2015 a 27 de março de 2016.

ONDE | Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000, Porto Alegre – RS.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO |De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30), quinta até às 21h (último acesso às 20h30).

ENTRADA FRANCA |As empresas Gerdau, Itaú, IBM, Vonpar e Banco Votorantim garantem a gratuidade do ingresso.

SITE | www.iberecamargo.org.br 

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TRANSPORTE |As linhas regulares de lotação que vão até a Zona Sul de Porto Alegre param em frente ao prédio, assim como a linha de ônibus Serraria 179. É possível tomá-las a partir do centro da cidade ou em frente ao shopping Praia de Belas. O retorno pode ser feito a partir do BarraShoppingSul, por onde passam diversas linhas de ônibus com destino a outros pontos da cidade.

Mais sobre o artista Marino Marini

Marino Marini nasce em uma pequena cidade, Pistoia, onde não permanece indiferente às grandes lições giottescas, às de Masaccio e de Pisano e, particularmente, às importantes coleções etrusca e egípcia do museu arqueológico da vizinha Florença. A ligação do artista toscano com a antiguidade faz parte de uma dimensão que pertence ao tempo de seu estudo e de sua formação.

As suas esculturas, assim como as egípcias, apresentam-se por assemblage lógica, sem nenhum interesse ilusionístico, introduzindo, assim, outro dado essencial para ler a sua obra: o valor absoluto que ele confere à relação entre arte e arquitetura. Quatro temáticas tiveram particular importância para Marini, três das quais antigas: o retrato, a Pomona e os cavaleiros. A essas deve se somar o tema do circo, com os malabaristas, as bailarinas e os acrobatas.

Marino era extremamente fascinado pelo mundo do circo, e a natureza do ofício do malabarista, do palhaço, dos acrobatas intrigava-o. Entreter o público, ser capaz de pertencer a uma tipologia de máscara eterna, tinha tornado esses sujeitos importantes para o seu imaginário.

As Pomonas, ao contrário, são a encarnação, segundo Marini, do eterno feminino. A antiga divindade da fertilidade nos é posta como metáfora do nascimento, da plenitude sensual da vida. O cavaleiro e o cavalo estão, desde os anos 30, dentre os temas que mais interessaram a pesquisa de Marino Marini. "As minhas estátuas equestres exprimem o tormento causado pelos eventos deste século. A inquietude do meu cavalo aumenta a cada nova obra. Eu aspiro tornar visível o último estágio da dissolução de um mito, do mito do individualismo heróico e vitorioso do homem de virtudes, dos humanistas".

Convivem história e mito, realidade e fé, testemunhas de que as obras do artista devem ser lidas como passagens que marcam o devir da história. As coisas mudam com o proceder do confronto bélico na Europa, as esculturas se tornam formas seccionadas arquitetonicamente pela grande tragédia. O próprio Marino define as obras do período como arquiteturas de uma enorme tragédia que se liberará, em seguida, no famoso Anjo da cidade,de 1950, que até hoje domina o Canal Grande.

A partir dos anos 50 Marini volta a praticar a pintura com maior intensidade. Com cores brilhantes e encorpadas, fechadas em um campir geometrizante que se destaca sobre o fundo plano e com formas sempre mais desagregadas, as obras pictóricas definem, assim como a escultura, uma evidente mudança de chave expressiva. Desenho, gráfica, pintura e escultura vivem em Marini uma simbiose dinâmica, um enredo dificilmente desatável, carregado de tensões e de páthos. O retrato se insere no percurso de Marini como representação dos valores humanos, no qual ele ensaiou o limite mais alto de um criador de formas. A capacidade plástica e a pura invenção são subjugadas à verdade fisionômica do modelo, e os quatro retratos aqui expostos nos colocam diante de tamanha força da representação.

O ano de 1950 é decisivo porque o artista decidiu aceitar o convite para ir a Nova York. Em 14 de fevereiro, foi aberta a primeira individual de Marini na cidade americana e iniciou-se um percurso de reconhecimentos internacionais que não mais se encerrou. Estamos na série dos Milagres, eventos ao mesmo tempo terrenos e sobrenaturais, que aludem à morte do homem, ao seu declínio. Dentre as obras presentes nas mostras de 1951 e de 1952, são representadas a dissidência, a ruptura da harmonia entre cavalo e cavaleiro, a ingovernabilidade dos eventos. Tal condição fora de controle constitui o ato final de uma tragédia que encontra no Grito,de 1962, também presente na mostra, sua conclusão.

Uma palavra-chave para compreender a escultura de Marino é "tensão". O artista, mais que sobre o próprio movimento, incide sobre o instante de imobilidade que aparece forçado pela forma na composição e, através do qual, surge o movimento ou a escultura morre. Dentre os oito pequenos bronzes presentes nesta mostra, em Figuras abstratas e Composições,dos anos 60, não é mais perceptível a presença de cavalos e cavaleiros que vivem escondidos nos planos e nos cortes da matéria. Abstração e geometrização não são outra coisa que a ampliação da gama expressiva, da figuração de Marino Marini.

Em Uma forma em uma ideia, de 1964, o artista atinge a desagregação e constitui o ato final de uma tragédia interior. Eis então que a série sobre papel Composição,de 1960, e as três grandes têmperas sobre papel – Intensidade (1967), Energias e Vivacidade,ambas de 1968 – colocam-nos de frente a uma pintura íntima e que se esquiva de qualquer construção formal, própria de um artista que não ficou fora de seu tempo. A obra Dois elementos (1971) fecha a narrativa escultural de Marini.


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