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27/01/2014

Diretora de planejamento da DEZ compartilha as tendências apresentadas na NRF

Capitalismo consciente, omnichannel (integração entre canais que impactam o consumidor), big data e expansão global de redes de varejo. Estas são as principais tendências para os rumos do setor de varejo apontadas no 103º Retails Big Show, o maior evento do mundo neste segmento, realizado na última semana, em Nova Iorque. Pelo terceiro ano consecutivo, a diretora de planejamento da DEZ Comunicação, Mariana Verçoza, acompanhou o evento e retorna com a bagagem repleta de inovações para o mercado gaúcho.  

“Marcas com comportamento mais humano, dispostas a se relacionar verdadeiramente com as pessoas e criar ‘memória’ sobre as suas interações através de análise de dados foi um dos destaques apresentados na Feira”, conforme relata a publicitária. De acordo com Ginni Rometty, CEO da IBM, uma das palestrantes deste ano, mais de 2,5 bilhões de novos dados são gerados diariamente no mundo, e 80% de todos os dados gerados pela humanidade se originou somente entre os últimos dois anos. A partir destes números, a especialista conclui que a informação passa a ser o novo e mais valioso recurso natural. “Garimpar a informação, os dados gerados e transformá-los em conhecimento e inteligência aplicada é o que coloca uma empresa em vantagem sobre a concorrência”, afirma Ginni.

Revolução no varejo: da internet para a loja física

Entre os cases que mais chamaram a atenção de Mariana no evento está o da Warby Parker, uma empresa que revolucionou a venda de óculos e surpreende por ter feito o caminho inverso ao que muitos esperam no contexto atual: a marca nasceu na internet e só depois foi para o comércio físico. Hoje, a Warby já tem quatro unidades, todas com espaço para consultas e decoração temática de acordo com a cidade em que está situada. “A loja tem cerca de cinco anos e já fez bem mais pelo varejo do segmento do que muita marca com mais 50 anos”, conclui a profissional.

Capitalismo consciente

A palestra do fundador da Life is good, Bert Jacobs, foi outro ponto alto apontado por Mariana. A empresa surgiu como uma loja de camisetas e hoje vende diversos produtos - até café, por exemplo -, além de organizar eventos que tenham sintonia com seus valores e seus públicos, como festivais de música. Seu grande diferencial é o foco no capitalismo consciente, através da doação de 10% do seu lucro para entidades que trabalham com crianças carentes. “Na verdade, nosso negócio nunca foi camiseta, nosso negócio é conexão. O produto é apenas um veículo para espalhar a mensagem. Vivemos em um mundo complexo, então se você quer atingir multidões, escolha uma mensagem simples”, afirmou o empresário.

Ameaça para a comunicação tradicional

Segundo observou Mariana, a comunicação tradicional pareceu bastante ameaçada. “Diversos painelistas afirmaram abrir mão da publicidade na mídia para fazer um trabalho mais dirigido e interativo. Reclamaram inclusive da alta de preços nos espaços dos veículos (alto custo da atenção do consumidor)”, conta a publicitária. Ela também percebeu que o varejo caminha para uma reformulação. Apesar de ainda ser essencial como propagador do posicionamento das marcas, precisará garantir a "audiência" no ponto de venda para se manter atrativo também para os fabricantes. De acordo com o painelista Rick Caruso, CEO da Caruso Affiliated, o segredo para o sucesso nesse momento e para o futuro está em observar as necessidades básicas das pessoas: experiência, convivência e prazer. “Os shopping centers estão se transformando de um lugar de compras para um local de socialização, onde as pessoas se sentem parte de uma comunidade e vivem momentos felizes”, explicou o executivo.

De volta a Porto Alegre, a intenção de Mariana Verçoza é compartilhar com a equipe da DEZ todo o conhecimento adquirido no Retails Big Show 2014 e utilizá-lo como inspiração para futuros trabalhos na agência. 

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