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26/10/2015
Últimos dias para ver Iberê Camargo: um trágico nos trópicos no MAM Rio
Retrospectiva
Iberê Camargo: um trágico nos trópicos encerra no MAM Rio no domingo (1º
de novembro). Mostra itinerante em homenagem ao centenário do nascimento do artista
será aberta ao público, em Brasília, no dia 14 de novembro. São 134 obras
selecionadas pelo curador Luiz Camillo Osorio, que contemplam a produção do
artista desde a década de 1950, período em que Iberê retornou da
Europa para o Rio de Janeiro depois de estudar com mestres como Carlos Alberto
Petrucci, De Chirico e André Lhote, até suas últimas obras nos anos 1990. Serão
apresentados desde Natureza Morta, do primeiro período, até as
grandes e trágicas telas de sua última fase, que incluem as séries das Ciclistas,
As Idiotas e Tudo Te é Falso e Inútil.
SERVIÇO
O QUE | Exposição Iberê Camargo:
Um Trágico nos Trópicos
ONDE | Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro (MAM Rio)
Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone:
21. 3883.5600
QUANDO | De terça a sexta, das 12h às 18h.
Sábado, domingo e feriado, das 11h às 18h.
ENCERRAMENTO: Dia 1/11
INGRESSO I R$14,00
Estudantes maiores de 12 anos: R$7,00
Maiores de 60 anos: R$7,00
Amigos do MAM e crianças até 12 anos: entrada gratuita
Quartas-feiras
a partir das 15h: entrada gratuita
Domingos
ingresso família, para até 5 pessoas: R$14,00
www.mamrio.org.br
www.iberecamargo.org.br
PENSAMENTOS DE IBERÊ
Ø “Pinto porque a vida dói”
Ø “Minha pintura em nenhum momento abandonou a estruturação da fase
dos carretéis (...) Minha volta à figura (em verdade nunca a abandonei) se deve ao
esgotamento do tema e à necessidade de tocar a realidade que é a única
segurança do nosso estar no mundo – o existir”
Ø “Tenho sempre presente que a renovação é uma
condição de vida. Nunca me satisfaz o que faço. Ainda sou um homem a caminho”
Ø “O drama, trago-o na alma. A minha pintura, sombria, dramática,
suja, corresponde à verdade mais profunda que habita no íntimo de uma burguesia
que cobre a miséria do dia-a-dia com o colorido das orgias e da alienação do
povo. Não faço mortalha colorida”
Ø “Arte, para mim, foi sempre uma obsessão.
Nunca toquei a vida com a ponta dos dedos. Tudo o que fiz, fiz sempre com
paixão. No fundo, um quadro para mim é um gesto, um último gesto”
Ø “As figuras que povoam minhas telas
envolvem-se na tristeza dos crepúsculos dos dias de minha infância. Nascem da
minha saga, da vida que dói. Sou impiedoso e crítico com minha obra. Não há
espaço para alegria. Toda a grande obra tem raízes no sofrimento. A minha nasce
da dor”
Ø “Os carretéis são reminiscências da infância.
São combates dos pica-paus e dos maragatos que primo Nande e eu travávamos no
pátio. Eles estão impregnados de lembranças. Pelas estruturas de carretéis
cheguei ao que se chama, no dicionário da pintura, arte abstrata”
Ø “Sou um andante. Carrego comigo o fardo do
meu passado. Minha bagagem são os meus sonhos. Como meus ciclistas, cruzo
desertos e busco horizontes que recuam e se apagam nas brumas da
incerteza”
Ø “Há
alguém dentro de mim, há alguém chegando com passos abafados: é a minha mãe,
que vem me fechar os olhos para eu dormir”
Ø
“Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as
minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me
grito, por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos”
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