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02/04/2018
No 10º Congresso do GIFE, ONG Parceiros Voluntários vai debater o impacto do voluntariado na economia
No 10º
Congresso do GIFE, ONG Parceiros Voluntários vai debater o impacto do
voluntariado na economia
José Alfredo
Nahas, superintendente da ONG Parceiros Voluntários, irá levar à 10ª
edição do Congresso do GIFE, em São Paulo, no dia 6 de abril, uma provocação
que vem ganhando força no Brasil. No encontro, que tem como tema “Brasil,
Democracia e Desenvolvimento Sustentável”, o administrador de empresas com
especialização em Gestão nas áreas empresarial e social, irá defender o impacto
que as cerca de 400 mil organizações sociais brasileiras estão gerando na
economia do País.
Os dados
mostram que o chamado Terceiro Setor, segmento que envolve as ONGs e
organizações sem fins lucrativos, não se limita à solidariedade. Em 2007, o
segmento já representava 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ou R$ 32
bilhões. A participação no PIB mundial alcança hoje 8%. No Brasil, já há 20
milhões de voluntários e 1,7 milhão de empregados.
O cientista político Robert Putnam, em 2005, criou o conceito de
“capital social”. Diz que, quanto maior sua presença em uma nação, mais
desenvolvida ela é. O Terceiro Setor promove ganhos econômicos ao levar os excluídos
para o mercado de consumo. Estudos de Putnam mostram que as relações sociais se
vinculam com as diferenças nos níveis de crescimento de cada região, e o
Terceiro Setor é decisivo nessas assimetrias. Conforme
Putnam, as palavras, “capital” e “social” podem e devem se ajudar. O
voluntariado é social, mas também é econômico. Precisa ser visto por essa
perspectiva. Desde 1990, o Banco Mundial analisa projetos sob o enfoque do
capital social e suas redes de inclusão. Equações já mostram a importância da relação
entre os vetores VE (Valor Econômico) e SV (Valor Social).
Lester Salamon, da John Hopkins University, constatou haver 1,7
bilhão de voluntários no mundo. Concluiu que tão expressivo grupo humano, se
unido em uma nação, equivaleria ao segundo país do mundo em termos
populacionais. A pesquisa de Salamon abarcou 22 países, incluindo o Brasil. Diz
que o segmento gira US$ 1,1 trilhão e emprega 19 milhões de pessoas nessas
nações. Apenas no Brasil, o Terceiro Setor movimenta R$ 11 bilhões. Emprega
algo como 1,5 milhão de pessoas.
David Braga, CEO da Prime Talent, diz que o Terceiro Setor é
tendência de mercado. Para as empresas, “gera engajamento, posicionamento e
fortalecimento da marca”, sendo “diferencial no mercado”.
Outro levantamento revelador vem do Centro de Estudos em
Administração do Terceiro Setor (Ceats). Diz que 56% das empresas pesquisadas
investem em atividades sociais, e as percepções com os efeitos atingem em cheio
os fatores econômicos: 40% creem que as ações sociais envolvem mais o funcionário
com o trabalho e 34% creem que aumentam a produtividade. Outro dado: a
ChildFund, que beneficia 123 mil pessoas em ações sociais, assegura: o Terceiro
Setor movimenta R$ 25 bilhões por ano no Brasil. Diretor da ChildFund no país,
Gerson Pacheco identifica “miopia” nessa área, que merece a formação de
profissionais nas academias
Mais sobre JOSE ALFREDO
NAHAS
É
superintendente da ONG Parceiros Voluntários, uma das principais ONGs
brasileiras, modelo de profissionalização e sustentabilidade
no Terceiro Setor, que conta com mais
de 470 mil voluntários mobilizados e cerca de sete milhões de pessoas
beneficiadas. Graduado em Administração de Empresas e com MBA em Gestão
Empresarial, José Alfredo construiu a maior parte da sua carreira no Terceiro
Setor. Com grande expertise em gestão de negócios, desde 2004 atua junto à ONG
Parceiros Voluntários nos segmentos de Gestão, Planejamento e Parcerias Estratégicas.
É o responsável
por implantar na entidade o sistema de gestão baseado no acompanhamento de
indicadores estratégicos e operacionais. Possui qualificação em Gerenciamento
de Projetos (PMTECH), Gestão de Projetos Sociais (GIFE) e é especialista em
Melhoria da Qualidade (Certified Quality Improvement Associate – CQIA).
Além da Parceiros, também teve uma atuação consistente no Segundo Setor, onde
atuou como Gerente Geral/Comercial da AMBEV por 08 anos e desenvolveu
projetos como consultor para o SEBRAE, como a implantação da REDESIM no Rio
Grande do Sul e para empresas como Stihl, Arezzo, Lojas Renner e Banco Topázio.
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